quarta-feira, 9 de julho de 2008

Carpe Diem... ou perderá o "timing"!

Quando separou ouviu do ex que queria ser "aborrescente" aos quase trinta. Foi uma grata surpresa: e não é que pode ser divertido separar? Foi a todas as baladas, colecionou amigos coloridos, fez programas de índio como o rally a pé (http://exagerodescontrol.blogspot.com/search?q=rally) e um ano depois entrou no bode de chegar fedendo a cigarro, ficar apertada tentando acompanhar as várias tribos nas quais transita e com saudade de amor e overdose de paixão. Nunca é tarde para curtir, como sempre diz, mas perdeu o timing do pique teen, mas aceitou que as fases vão e vem e está mais seletiva com suas saídas e amigos coloridos.
Reencontrou um amigo no MSN que sempre admirou, perguntando por colegas bonitas, inteligentes, espiritualizadas... Não resistiu a uma fase em que quase se engraçaram e perguntou se não podia ser ela. Ouviu que logo que separou ele a encontrou no supermercado e levou um susto por se sentir atraído, mas quando a visitou no antigo apê, já separada, não rolou mais química, embora achasse que estava ainda mais bonita. Perderam o timing dessa potencial abortada história, mas entendeu que gostar e desgostar fogem à razão, explicação e racionalidade e começou a agitar uma amiga para ele.
Reviu a amiga do antigo trabalho no aniversário do namorado dela, com direito a comida árabe e colegas de rádio e TV, que não estão contentes com o que recebem, mas com o que fazem sim. Sente que não está contente nem com um e nem com o outro. Quase morre de saudade doída de redação. Mas não está dando conta de bancar sua esbórnia de pré datados do surto consumista zen intelectual parcelando cursos e retiros e dos plantões devezemquandários de sua atual prisão trabalhista, muito mais espaçados que os de redação. Perdeu o timing de voltar para redação, mas sabe que esse cárcere semi aberto é temporário, pois já está estudando para outra paixão - a cênica.
Amou o curso de espanhol vivencial feito com professor divertido como os de cursinho, no espaço que mais se sente à vontade - o palco e com uma turma reduzida o suficiente para treinar conversação. Porém o trabalho, o trânsito, o cansaço, o stress e a necessidade de descompressões periódicas com os amigos e familiares a impossibilitaram de estudar tanto quanto gostaria. Perdeu o timing de cursos que exigem dedicação extra classe, mas prometeu para si mesma que ainda correrá atrás do prejuízo num mochilão com direito a pit stop na Espanha.
Passou três vezes na Une num dia de folga para tentar adiantar a carteirinha de estudante, já que a de transporte leva 15 dias pela faculdade. Como é jornalista e não sabe fazer conta, provaram que ficaria mais caro fazê-las separadamente. Convidada para um churrasco de campanha política de candidato ligado ao PT, carente de participação no movimento estudantil durante sua estada acadêmica, filha de pai sindicalista e disposta a perder o preconceito contra aborrescente por realmente querer trabalhar com arte educação, compareu. A overdose de cigarro a fizeram ficar do lado de fora da casa, o baralho a cansou, questionou o trabalho de formiguinha do PC do B e Psol, o churrasco atrasado às 14h e a gastriste a obrigaram a fugir para um quilo e passar a tarde com uma amiga tomando sol no parque de papo para o ar. Perdeu o timing do movimento estudantil.
Adota o carpe diem como filosofia de vida e jura que não perderá o timing de mais nada! Antes se arrepender de ter feito do que de não ter tentado...

Um comentário:

Just Do it! disse...

Você nunca perderá o timing do brilho e disposição sobrenatural que apresenta!

Ari, ex-estagiária fashion*