Essas idas e vindas
têm um quê de mar indeciso
já molhamos os pés outras vezes
mas redemoinhos afastaram nossas praias
e tive dó de te deixar de conchas na mão
com olhar sem saber onde pousar
Arriscamos novos mergulhos
com a marola entre os joelhos
porém nossos encontros são feitos de desencontros
e me escapas pelos dedos
feito a "areia que canta" em Brotas
Não fazemos bolhas n´água
Não nos permitimos perder o chão sob os pés
A água continua salgada, mas seu gosto tem outra textura
Assistimos o vôo alto das gaivotas
e invejamos as braçadas corajosas das crianças ao longe
As conchas caem n´pagua
como mudas testemunhas de um quase amor que não aconteceu
Soltamos as mãos e caminhamos sozinhos
de corações meio incompreendidos
levando maresia meio nostálgica e melancólica
entre os lábios
Francine Machado
quarta-feira, 16 de julho de 2008
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2 comentários:
Lindo, simplesmente!
Não tenho palavras...
Não sei o que dizer...
Me deu um frio! To paralisado, sem reação, mas impactado.
Vc tem talento literário, entre outros tantos.
Bjo
PC
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