quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Prêmio Desastre do Ano para Mim

O começo do final de semana foi uma sucessão de trapalhadas dignas do troféu “pateta Saturday” para mim... Fui nadar, resolver o furto do celular na Vivo, pegar exame para retornar ao médico... Mas esqueci de deixar a chave na portaria para a diarista, que também é amiga da família, da qual sou tão dependente que tenho até abstinência quando ela não pode ir!

Tentei resolver a compra de um novo celular na maior loja da operadora na Paulista, mas tinha esquecido o BO na loja do Shopping Paulista, dois dias antes e só lembrei quando já estava quase na “boca do caixa”. Ainda tentei convencer o atendente a começar o processo todo que buscaria o papel na outra loja num pé e voltava no outro, mas até parece que podem facilitar a vida do cliente! Mais de duas semanas de novelão mexicano entre a operadora e a seguradora, mas enfim, saí de lá com uma câmara melhor que aquele que tinha sido roubada, mais barata e o que é melhor, podendo ser encontrada em trânsito.

Levei uma hora para salvar os contatos no aparelho, pq são de fabricantes diferentes e não pude transferir a agenda pelo infravermelho como da última vez. Fui fazer a compra da semana – que quem anda a pé tem que ser “comedido” no que leva a tiracolo e voltei naquela vibe de curtir a casa, coloquei incenso, essência, música, ia bater a fruta com o barril de açaí, quando entendi a razão da minha ex room mate temer o pote dessa pasta que quase sempre tenho na geladeira.

Derrubei pouco menos de 40 litros numa cozinha branquinha... Depois que Deus criou o açaí, não sobrou roxo para mais nada! Parecia que estava limpando a cena de um crime! O xarope dava cria no chão, como se sua reprodução fosse feita por divisão celular! Não consegui limpar a meleca embaixo do pé da geladeira – que aí jpa seria preciso alugar um marido, mas a noite começou melhor que o dia: conheci uma veterinária cujos amigos têm uma banda de salsa que toca no Itaim de terça e sexta e na Vila Madalena de sábado. Ela convidou para ouvir a música dentro do carro enquanto minha carona não chegava – e como meu olho me engana, quase entro em carro errado. Ganhei até CD dos caras! Pois é, eu e meu ex cunhado fazemos “amizade” em qualquer fila...

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Rita Pavoni fala direto ao coração...

Pianíssimo,Te o digo pianíssimoO meu pequeno tchau,Em voz baixa,Assim ninguém entenderá nadaE tu, somente tu entenderásQuanto sou apaixonadaDe ti.Pianíssimo,Devo dizê-lo pianíssimoEste pequeno tchau,LamentoTer que dizer-te somente tchauEnquanto no meio da genteQueria gritar fortíssimoQue te amo fortíssimo.Que te amo maisDe cada coisaAo mundo, amor,Amo a ti!Que te amo maisDe cada coisaAo mundo, amor,Amo a ti!

In Memorian

O internauta incorrigível. O tradutor que se encantava e se perdia em meio às palavras de outros países. O professor que se indignava com o mercantilismo do ensino superior. Que mexia com comércio exterior, mas não perdia o jeitinho brejeiro do interior. O bom gosto na decoração. O olhar humano para os índios. Que achava que eu era louca, pois dormia e batia o carro. Que tinha uma admiraçãozinha pelos atores, frustrados ou não. Impulsivo. Carente como todos nós. Que não sabia, mas precisava meditar, terapia, massagem, relaxar. Que podia ter nos deixado conhecê-lo e amá-lo um pouco mais. Que esticou a mão mas não foi visto. Que gritou à sua maneira, mas não foi ouvido. Que ouvia falar de mim, lembrava das minhas tiradas ou comentava minhas histórias e "ovulava". Quem ficou deprê agora fomos nós, fiapo de sol. Que encontre algum campo verde e florido, sem cigarros, solidão, incompreensão, frustração, frieza, papo down, baixa vibração, música brega que impregna o córtex cerebral, cultura de massa, ignorância. Tipo colo de mãe, como se voltasse para uma casa nova, inacreditavelmente familiar. Vai com Deus, Buda, Tara, Osho, Chico Xavier, Krishna, Iansã, Nossa Senhora, Santo Antônio, Nossa Senhora Aparecida, Santo Expedito, São Francisco de Assis e toda a liga da justiça Beto. Não é só você que está de luto, Alê. Que a boneca Marieta te liberte amanhã, entre as santas crianças, pq somos contadoras de histórias irreversíveis...

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Como catequizar seu pai cujos neurônios se recusam a fazer sinapse?

- Pai, vou levar o amigo colorido na casa da tia nesse fim de ano!
- Ele é gay?
- Não, gay são meus amigos do teatro! Amigo colorido é outro departamento, de “aspirante promissor a namorado”!

Como convercer o progenitor que não, não “é tudo a mesma coisa”

Numa mistura de ironia e desconhecimento, ele tenta explicar a família o que ela estuda:
- Minha filha faz formação para... ensinar aqueles movimentos da capoeira...
- Não pai! Estudo para dar aula de yoga!
- Não é a mesma coisa?
A quem interessar possa: ele é um semi novo na casa dos sessenta...

De como ela desistiu de explicar quais as diferenças entre o que não tem nada a ver

Numa combinação única de sarcasmo e ignorância, o pai insiste em dividir com amigos as “trocentas” atividades da filha quase hiperativa:
- Ela vai no centro... de umbanda, candomblé, qualquer coisa de macumba...
- Pai! Vou ao centro budista tibetano!

Praticamente uma cena para a produção do versão brasileira do longa Closer

O reencontro com o ex da Stella para a enésima etapa da partilha conjugal teve todas as nuances de ironia, sarcasmo, nostalgia e depressão a que um evento como esse tem direito. Ela não sabe como partiram para o que chama “lavação de roupa suja que já não interessa a ambos”, mas se sentiu no filme Closer quando ele perguntou:
- Já resolveu aquele problema?
- Que problema?
- De não chegar lá, não ver estrelinhas, fogos de artifício...
- Ainda não.
- Ufa! O problema não era comigo! Pelo menos agora gozo e faço gozar.
- A gente finge viu?
- Mas depois quero sumir, não quero abraçar...
- Estou melhor que você: ainda não chego lá mas sempre queremos nos agarrar depois...
- A gente também finge que quer fazer isso depois
Silêncio constrangedor...

Não Parece Seriado do Canal Sony?

Julia desconfiava que os porteiros deviam comentar que “não sossegava com nenhum namorado”, mas o que é podia fazer se quando dizia “que podia ser só amizade colorida ou relacionamento aberto”, seu corpo dizia o contrário e eles “disparavam em desabalada carreira”, como dizia seu tio policial?

Quando levou o homem da sua vida “da semana passada” para seu apê e sua satisfação foi um tanto quanto sonora demais, a ponto do parceiro temer:
- Os vizinhos vão reclamar!
- Imagina, nunca falaram nada!
Teve que dormir com o barulho da cara indigesta dele, que podia ter disfarçado que sua casa era muito bem freqüentada, obrigada.

Mulheres à Beira de um Ataque... de Riso!

Acha que o pai tem um jeito completamente surreal de demonstrar ciúme, quando ele chega à casa dela e pergunta:

- Que vídeo é esse?

- Meu amigo colorido emprestou para assistirmos O Pequeno Buda, que só tem em VHS.

- Já está assim? Emprestando vídeo?

Já estavam fazendo coisas mais preocupantes, mas achou melhor abafar o riso e praticar o nobre silêncio recomendado no centro budista que freqüenta devido à máxima do lama que dá palestras tão engraçadas que parece professor de cursinho com sua máxima: “não podemos levar a vida a sério”.