terça-feira, 24 de junho de 2008

Faz de conta que não é da esquerda...

Teve que disfarçar que era a única a torcer pelo MST quando eles invadiram as outras unidades do Grupo que a prisão tranalhista atende, num dia em que sorria escondido atrás da tela do computador, mas conseguiu passar batido.
Levou ao curso de espanhol que faz à noite num teatro a música Justicia, Tierra y Libertad do Maná para ver que o professor aprova a seleção que fez para a interpretação final que encerra as aulas do semeste. El maestrino pediu um discurso mais panfletário e figurino à altura.
Descobriu que o namorado da prima mais engajada num raio de mil quilômetros tem camisetas para sua divertida apresentação. Brincou com os chefes menos xiitas que viria com a blusa do MST para conferir se dava justa causa. Um deles já avisou que é humor negro demais para esse escritório. Riu sozinha a tarde inteira, imaginando outro dia de fúria, como na manhã em que planejou comprar cigarros, não voltar mais e os amigos da equipe lembrarem que não fuma, mas nunca mais conseguirem contatá-la novamente...

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