quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Imersão budista em pleno feriado Cristão

Ela fez a lição de casa três anos após ter começado a freqüentar centro budista, provavelmente por admiração de uma das poucas jornalistas de sucesso não estrela Soninha. No espiritismo kardecista se sentia bem, mas na religião do Buda parecia que “voltava para uma casa nova inacreditavelmente familiar”.

Depois de dúzias de recomendações, viu Kundum e Sete Anos no Tibet. Chorou a cântaros, é a história do Dalai Lama, que já leu, releu... Mas com ator dando vida à coisa toda, era completamente diferente. Se perguntava o que era ficção e o que era realidade. Do segundo filme anotou vários ensinamentos que falavam ao coração...
Se perguntou quase a noite inteira o que foi feito daquele comunismo idealizado, romantizado e sonhado, que seu pai deve ter passado feito conto de fadas devido ao passado sindicalista, que na prática passava feito uma locomotiva impiedosa no solo sagrado do Tibet...

Um milhão de tibetanos mortos! Seis mil mosteiros destruídos! Como é que a Onu não faz nada? Como a mídia não cobre um massacre tão antigo e insistente? Como só fica sabendo que tem monge cortando os pulsos e criança migrando do Tibet para os países vizinhos e chegando sem dedo por conta do frio que corta a alma em palestra budista? Quanto tempo todos farão de conta que nada acontece para terem o rentativo cliente chinês? Tem vergonha da própria profissão e revolta com a sensação de que não pode ajudar do outro lado do mundo, uma simples assessora de comunicação...

Está com medo do quanto vai chorar com O Pequeno Buda, que a aguarda em cima do velho videocassete, que esse filme não saiu em DVD ainda, ao menos é o que o especialista em cinema da locadora de filme lado B garantiu...

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