sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Everyday should be birthday...

...diálogos impensáveis fora de uma mesa com o nível alcóolico dos presentes ligeiramente alterado:
- Não é linda minha sobrinha? - e diante da postura digna de uma japonesa impenetrável de sua interlocutora: Você não gosta de criança?
- Não, sou abstêmia!

Começou antes o mimo de entrada na ala das balzaquianas. Minha room mate deixou flores e um cartão fofo na véspera. Já me aborreci no grande dia por achar que ganhar flores era regra na empresa e ter ido "bebemorar" no boteco "sem flores nas mãos"... Ok, alguém tem que pensar nessa empresa: a responsável pelo RH, administrativo e financeiro justificou que para que mantivesse minha tradição de comemorar três dias seguidos e a convicção de andar a pé, só conseguiria carregar minha plantinha no começo da próxima semana...

Seguindo os conselhos da minha marida, que me considera wicca por me sentir mal em missa e bem em igreja vazia, abracei a árvore do escritório novo, mesmo com a chefa bancando a mãezona e alertando que ficaria suja. Concordo com a propaganda do Omo: se sujar faz bem! O dono tirou foto e reafirmei a fama de louca aqui dentro.

Das cinco amigonas, duas ligaram. Uma delas ameaça cortar relações devido à minha incompetência de vivenciar que realmente, o mundo não é desencanado, despojado e desapegado como eu. Ou realmente emprestar um casaco caro sem pedir é motivo suficiente para cortar relações? Depois reclamaram do meu favorecimento à ala masculina: claro, eles são incapazes de por uma amizade a perder por conta de um pedaço de pano, que se lava, se compra outro, se encontra um melhor e mais bonito! Ah, esse meu problema de aceitação da realidade e mania de projetar minhas atitudes, pensamentos e palavras no outro... Matéria prima para terapia na semana que vem!

Mantendo a mania de registrar todos que lembram a data em que completo três décadas: valeu Gabi Goes, Camila Davico, Ariane, seu Jonas, Gustavo, Iarita, Dani Nogueira, Mô, Bruno, Catinha, tia Fátima, tia Salete, Edna, Karla, Chefa, Luiza, Rafael, Lu Pombal, tia Rê, Mamis e Papis - não, não é a obrigação deles, já vi marmanjo implorando por parabéns no dia de seu nascimento, Gê, Laura e mesmo retardatariamente tia Rac, Fê Fávaro... Fora os amigos internacionais: Ju Blok, Lu do Paraná para o mundo... Enfim, não caberia todos mesmo. Mas fiquei muito feliz pelo primeiro aniversário em boteco com quórum dos últimos dois anos! Não, não adianta tentar reunir amigos e familiares às terças e quartas! Pela presença obrigada: Helena, Lucia, Camis, Rosa e Valter, é a primeira vez que não pago mico com uns poucos gatos pingados numa mesona sobrando espaço e cadeiras...

E hoje a brincadeira continua a lá anos 80 e a festança só termina amanhã domesticamente com a família empilhada um no colo do outro no apertamento. Uma amiga me classificou como a sobrinha dela, que se cantarmos parabéns o ano todo, ela aceita sempre feliz aniversário. O que tenho de mais marcante e provavelmente de mais valioso é minha criança. Ou não é motivo suficiente para se comemorar o amigo colorido; o novo apê perto da civilização; o desapego do carro; a paixão bandida pela massagem e teatro; o terapeuta que me "aterra" sempre que viajo muito; a eterna busca pela melhora pessoal, auto conhecimento e aprimoramento profissional; a volta à natação, às caminhadas, à capoeira e à dança; a conclusão dos cursos de ioga e religiões da América Latina; o adiantado da hora no espanhol; o encantamento com as vivências energéticas; o interesse em permutas para estudar constelações familiares, renascimento e terapia corporal holística; ser considerada a mais alternativa da última formação e a maior prova do ecletismo cultural e religioso desse País? Sim mãe eu pareço uma tolinha de 6 anos, me alegro com qualquer bobagem, grazie a Dio! Como diria um amigo: feliz ano novo, o seu!

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