quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Estado de graça

Durante a meditação em comemoração ao aniversário do Osho, me perguntei como consigo ficar longe daquela turma do bem. Não me abalou falar do fim de relacionamento mais nelsonrodrigueano de todos os tempos. Não consigo deixar de me encantar com nossa infinita capacidade de reapaixonar, pena que nem todos se abram para o novo. Meu amigo tem razão: amamos todos que passaram por nossas vidas, ainda que por pouco tempo, o que nos importa não é a quantidade, mas a qualidade. E do lado de cá, não tem princípio do prólogo do inicío do começo sem a intensidade típica de sagitariana. A colega do trabalho também acerta em cheio quando diz que não é que não deu certo, deu pelo período em que ficamos ao lado um do outro. Ou parafraseando Vinícius, que seja infinito enquanto dure. Já estava me achando super hiper mega bláster speed pois a primeira dor de amor durou 3 meses, enquanto a chefa jurava que ficaria muito mais tempo se estivesse no meu lugar, quando a parceira de meditação afirmou que não chora mais de um mês, mas deu um desconto pois era a primeira vez que não conseguia por em prática minha invejada objetividade masculina, perdia o sono, o senso, chorava a troco de banana. E por Deus, passou! Só ficou mesmo a saudade da filha de mentirinha. Como será que publico o que começou originalmente como carta e virou Fábula para crianças no meio de tristezas de gente grande, meu primeiro livro infantil? Fizemos uma aurasoma tão poderosa, senti tanta energia, que tive a cura momentânea do que o tantra alerta: "a mente mente"... Senti que posso, consigo, mereço e seguindo o conselho de um professor de teatro, pedi o sonho dourado... Lembrei de todos que provocaram ao mesmo tempo trouxeram tanto de bom e ruim ao mesmo tempo, mas fui grata, como recomenda a Seishonoiê, que não deve se escrever assim. Tive sem o menor traço de saudade ou amargura, o mesmo feeling do fim do ano passado, que não encontrarei mais tanta consideração e pau pra toda obra na ala masculina, mas afinal foi praticamente 1/3 da minha vida. Será que não? - pergunta a incorrigível otimista. Claro que não, as histórias são sempre diferentes, cada amor é único, mas desconfio que acabo de "reencontrar meu mais novo velho amigo" e os altos e baixos amorosos recentes ficaram tão distantes, foram tão relativizados... Quero mesmo que os ex sejam felizes. Como diria a professora de reiki, somos amiga dos nossos ex, eles é que não são nossos amigos...

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