terça-feira, 28 de outubro de 2008

Férias significativas

Primeiro o arrebatamento das estrelas. Em seguida a overdose de ar puro abrindo os pulmões e parte dos sentidos. O reestabelecimento de um sono já combalido por noites de descanso entrecortado. O misto de risada, identificação, esclarecimento e acolhimento de um mestre tão próximo e ao mesmo tempo um ideal difícil de atingir. Esquecer o corpo num pequeno pier e escorregar os pés n´água, namorando o céu e as nuvens. A frequente percepção de voltar para uma casa nova, inacreditavelmente familiar entre os amigos espirituais. O choro bom, os sonhos vindo à tona, a confirmação de que as pessoas fazem sim, sem esperar retorno. O mantra que reverbera na alma. O espetáculo do nascer do sol enrolada na coberta com a varanda aberta. A falta de palavras com o orvalho molhando a roupa e os pés por entre as sandálias. A natureza se sobrepondo a qualquer inquietação urbana passageira. O milagre de dar um passo atrás e perceber a flutuação das sensações provocadas pela mente, a amnésia que sem contato apaga a memória visual, o assentar no presente "sem querer rebobinar ou avançar a fita do cotidiano". A primeira vez em que curte o processo e não se delicia só com o resultado. A vontade de ir pintar templo e por o budismo em ação em Viamão, no Rio Grande do Sul, numa quase comunidade alternativa. Om Ha Hum benza guru padma sidhi hum divertido lama Padma Samten! A bênção consequente de ganhar uma quase irmã que a vida ao mesmo tempo não deu, mas volta e meia presenteia. O melhor lugar do mundo é aqui e agora?

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