quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Só volto à 25 de Março por um grande amor...

...finalmente deu razão à colega que repete essa frase cômica, mesmo sendo fã de carteirinha do centro histórico de São Paulo. Voltar duas vezes em quinze dias à região mais comercial do planeta dá reação alérgica até numa defensora do "centro velho" como ela. O divertido foi que na primeira vez, a amiga pediu que a impedisse de um surto consumista, mas quem perdeu as estribeiras e não pode se conter foi ela mesma. Cortininhas, capa de sofá, almofadas, baguás... Finalmente sua casa se tornou a mais zen e alternativa da cidade. Após estudar yoga massagem ayurvédica voltou ao Brás, atrás de um colchonete para os test drive de suas vítimas iniciais. Foi uma maratona e tanto, mas só conseguiu o banquinho de apoio para caminhar nas costas dos massageados. E foi com ele que enfrentou aquele mar de gente de onde mais curte comprar acessórios: twenty five avenue. Se sentiu mais ceariba do que nunca, fazendo jus a suas raízes cearenses, com aquele trambolho a tiracolo, nocauteando transeuntes. Poluição sonora digna de exigir adicional de insalubridade inclusive dos camelôs. Alguém realmente gosta e compra esses apitos e CDs piratas de quinta, de gosto duvidoso? Finalmente uma alma caridosa se dispôs a carregar seu banquinho. Sim, as mulheres tem essa vantagem de sempre serem ajudadas a carregar peso e não necessariamente pagam em favores sexuais depois. A poluição visual confunde qualquer rainha da pechincha. E os odores que remetem aos churrasquinhos de gato sabor discutível embrulham até mesmo estômagos blindados. Muitos licenças e desculpes depois, voltou para casa como se um trator tivesse passado por cima. Não foi capaz de ir à palestra budista que esperava há meses, do lado de casa. Entendeu, aprovou e assinou embaixo da teoria de só voltar à 25 por um grande amor, dono preferencialmente de meia avenida, só compatível com o golpe do baú da história...

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