segunda-feira, 24 de novembro de 2008

No fim do ano chove muito...e viva o sol!

Há semanas ela se perguntava se estava sonhando quando ensaiava uma música e encontrava voz que ressoava, quando recitava uma poesia e era completa pelo outro, quando ao invés de correr, queria ficar, quando o signo e os traumas não colaboravam, mas as palavras, as atitudes e os ambientes sim. Quando os sonhos batiam. Quando as vontades casavam. Quando a ansiedade milagrosamente entrava em slow motion. Quando dava um passo atrás e observava desconfiada o sobe e desce da paixão. Quando esquecia o rosto do pseudo homem da vida dela. Quando ouvia mantra junto. Quando as vontades eram as mesmas. Quando fazia planos que já tinha acostumado a traçar em carreira solo. Quando baixava a guarda. Quando tirava a dor com a mão. No momento em que ficou no ar, sem chão, sem jeito, sem entender, sem fala, se perguntou com o coração partido: o que podia esperar de uma história começada num evento batizado de Um Lugar que Não Existe? Material para conto de fadas pós moderno. Era uma vez...

Nenhum comentário: